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Dicas

Mudanças no Minha Casa, Minha Vida e juros mais baixos: vai ficar mais fácil comprar um imóvel.

Especialistas e executivos do setor esperam que lançamentos cresçam e que população de baixa renda tenha acesso mais facilitado ao crédito neste ano. Preços dos imóveis, no entanto, não devem baixar.

As mudanças nas regras do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), anunciadas no meio do ano passado, e o início do ciclo de quedas da taxa básica de juros já se refletiram em um aumento no número de lançamentos em 2023, e trazem uma perspectiva positiva para o mercado imobiliário também neste ano.

O momento propício para o mercado imobiliário, contudo, não significa uma redução de preços. A leitura de especialistas é que os custos de construção ainda altos e a margem de lucro ainda comprimida das incorporadoras devem fazer com que os preços dos imóveis continuem elevados.

Especialistas e executivos do mercado afirmam que há três fatores influenciando o mercado e esquentando a demanda por imóveis no Brasil: a taxa de juros, políticas de acesso a crédito e a reforma do Minha Casa Minha Vida.

O cenário macroeconômico — em especial, a inflação sob controle — é importante para o mercado imobiliário porque permite a continuidade do ciclo de queda de juros iniciado em 2023. A taxa Selic é a referência para os juros praticados nos financiamentos imobiliários.

Apesar de ainda estar em patamares elevados, a perspectiva de queda dá confiança ao consumidor para entrar em um parcelamento. E também aos construtores, que terão mais demanda e gastos menores para investir.

Somado a isso, o governo federal promoveu uma reforma que ampliou as faixas de preço de enquadramento do MCMV, junto com políticas públicas para dar mais acesso ao crédito imobiliário.

Queda das taxas de juros

O mercado imobiliário é bastante sensível ao ciclo de juros de um país. Juros mais altos significam financiamentos mais caros e redução imediata da demanda. Também ficam mais caros os investimentos feitos pelas empresas.

Desde agosto de 2023, o Banco Central (BC) sentiu o conforto necessário para iniciar um ciclo de queda de juros no país, conforme a inflação forte do período da pandemia de Covid-19 arrefeceu. Foram cinco cortes, que tiraram a Selic de 13,75% para 11,25% ao ano.